data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
O cenário do Aeroporto Municipal de Santa Maria foi figurado por abraços demorados, fotografias por todos os lados e muita história que veio na bagagem dos 154 militares que retornavam da Operação Acolhida na tarde deste domingo.
A chegada do efetivo, que veio dividido em três aviões, começou às 16h. O grupo havia o Rio Grande do Sul em junho rumo às cidades de Boa Vista, Pacaraima e Manaus para atuarem no atendimento humanitário de imigrantes venezuelanos.
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À espera do marido, Márcia Galves, 47 anos e as filhas Ana Luiza e Isabela Galves, de 26 e 16 anos, celebram o encontro com o subtenente Edson Galves com beijos e palavras de afeto.
_ Ele é um pai presente e esse tempo longe de casa foi de saudade vazio. Mas sabemos que ele cumpriu a missão, que tudo deu certo e estamos todas orgulhosa pelo trabalho dele disse Marcia.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Renan Mattos (Diário)
Já em solo santa-mariense, o tenente-coronel Josiel Silva Dorneles, 47 anos, relatou um pouco do que viveu no processo de interiorização dos imigrantes e do quão transformadora foi a experiência:
_ Foi uma troca. Nós vivenciamos situações em que nossos irmãos venezuelanos chegavam separados da família, sem comida, a pé e só com uma mochila nas costas. O trabalho de interiorização que fizemos, de providenciar CPF, Carteira de Trabalho e e, em alguns casos, emprego é o mínimo de dignidade para essas pessoas. De longe somos indiferentes, mas estando lá, a emoção é forte. Eles, que receberam apoio, ficaram muito agradecidos.
Dorneles, que vive na cidade de Sapucaia, na grande Porto Alegre é um dos veteranos da missão. Ao longo da semana, outras aeronaves devem chegar com o restante dos militares.
A interiorização, que o tenente-coronel refere-se e que ocorre junto de profissionais ligados à ONU, Unicef e outras entidades, consiste em cinco frentes: reunião social (aproximar os imigrantes de amigos brasileiros), reunião familiares ( aproximar de parentes que estejam no Brasil), institucional (em abrigos), sociedade civil e Projeto de Vaga de Emprego Sinalizado (PVES).
OPERAÇÃO ACOLHIDA
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Renan Mattos (Diário)
É a primeira missão de natureza humanitária em território nacional. As Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) prestam apoio à operação com ações em infraestrutura, transporte, saúde e administração. Os cerca de 580 militares vão atuar no trabalho de identificação, recepção e acolhimento dos refugiados, além de emissão de documentos e vacinas.
Em fevereiro, o presidente da República assinou uma medida provisória que trata da assistência emergencial para o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Além disso, foram assinados dois decretos, um que reconhece a situação de vulnerabilidade provocada pela crise humanitária na Venezuela e outro que criou o Comitê Federal de Assistencial Emergencial para acolhimento de pessoas em vulnerabilidade onde a Casa Civil é quem coordena o trabalho de 11 Ministérios. Até julho, a estimativa é que cerca de 6 mil imigrantes haviam chegado no Estado de Roraima em busca de oportunidades.